Prisma das letras

Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento. Provérbios 3:13

Textos

No limiar de um novo ano, convido-os a refletirem sobre qual o propósito de vida de cada um de nós, durante a jornada da nossa existência.
 
O eminente e saudoso pastor Myles Munroe (falecido em novembro passado) dizia que “a maior tragédia da vida não é a morte, mas uma vida sem propósitos.”
 
Mike Murdok escreveu O desígnio, para ajudar as pessoas a encontrarem esse propósito; Marcos Witt escreveu Senhor, em que posso te servir?, demonstrando que todos nós possuímos dons, talentos e habilidades que podemos pôr a serviço das pessoas; Rick Warren escreveu Uma vida com propósitos, demonstrando o alinhamento desse propósito numa relação com o nosso Criador; Ed René Kivitz escreveu Vivendo com propósitos, tentando desvendar esse enigma da vida; e Matthew Barnett escreveu A causa dentro de você (emprestei o título parafraseado), no qual descreve sua experiência quando encontrou seu grande objetivo no mundo.
 
Myles Munroe, ainda apresentou cinco questões que todo ser humano deve fazer a si mesmo: “Quem sou eu?”, “De onde eu venho?”, “Por que eu estou aqui?“, “O que posso eu fazer?”, e “Para onde estou indo?”. São perguntas difíceis; exigem um autoconhecimento.
 
Para cumprir o nosso propósito de vida e dar um sentido à nossa existência, é importante o autoconhecimento. Sabermos ou descobrirmos quais são nossos dons, talentos e habilidades, para que possamos colocá-los à disposição do mundo, das pessoas, da sociedade, de nosso país.
 
Nossos dons, talentos e habilidades não devem ser enterrados, escondidos; eles devem ser usados para servir às pessoas, ajudá-las. Jesus Cristo, nos Evangelhos, deixou a parábola dos talentos, para refletirmos sobre o que nós estamos fazendo com eles.
 
Na história da humanidade temos vários exemplos de pessoas que tiveram e realizaram o propósito de suas vidas.
 
Marthin Luther King lutou e morreu por um propósito de vida -  pela liberdade civil, pelo direito dos negros e fim da segregação racial, nos Estados Unidos da América.
 
Nelson Mandela ficou preso quase trinta anos porque tinha um propósito de vida – a luta contra o aparthaide. 
 
Madre Teresa de Calcutá foi incansável na luta contra a miséria e a pobreza em vários lugares no mundo.
 
No campo da literatura, Balzac, um dos ícones da literatura francesa, deixou seu nome na história porque nunca desistiu de seu sonho e seu propósito de ser escritor; até os trinta anos ainda não tinha obtido êxito, mas jamais desvaneceu, desistiu, e por fim, venceu.
 
Jack Kerouac, escritor norte-americano, a despeito de sua vida meio louca, costumava dizer: “Sempre considerei escrever o meu dever na terra”.
 
O grande missionário inglês, David Livingstone, morreu cumprindo seu propósito de levar o evangelho das boas novas à África.
 
Victor Frankl, sobrevivente dos campos de concentração nazistas, desenvolveu a logoterapia, um campo da psiquiatria que ajuda as pessoas na busca de dar um sentido a suas vidas; ele escreveu “Em busca de sentido”, livro no qual relata sua experiência durante o período em que viveu em Auschitz e outros campos. Tudo porque ele tinha um propósito para viver e buscou sempre dar um sentido à sua vida.
 
Esses são apenas alguns exemplos, para refletirmos sobre o que estamos fazendo para descobrir ou cumprir nosso propósito nessa vida.
 
O que pulsa dentro de nós? Qual é a nossa paixão? O que amamos fazer? O que nos deixa indignados? O que nos faz chorar? Essas são algumas questões que nos dão indícios de qual o nosso propósito de vida, qual é a causa a que estamos dispostos a viver e até morrer.
 
O mundo está em agonia; as pessoas precisam de ajuda. Tenho lido um pouco sobre isso. A cultura pós-moderna trouxe uma decadência política, moral, filosófica, ética e espiritual sem precedentes.
 
Não são somente minhas impressões de leitor, mas nomes como Mario Vargas Llosa, Olavo de Carvalho, Domenico de Masi, Eric Hobsbawn, Tony Judt e Adauto Novaes – organizador de uma coletânea de ensaios sobre as novas configurações do mundo, entre outros, têm expressado em suas obras o processo de transformação, crise e agonia da sociedade, do mundo, desde o século XX até nossos dias.
 
Nesse contexto, o que estamos fazendo para ajudar a humanidade, as pessoas, nosso país? Eu, pessoalmente, estou nessa busca; tenho lido bastante, aprendido um pouco, pesquisado, e por que não, feito minhas orações para que eu possa desenvolver meus dons, talentos e habilidades para servir às pessoas, ao meu país, e quiçá, ao mundo.
 
Eis a reflexão a qual os convido a fazer juntos comigo nessa passagem de ano. Quem sabe podemos ajudar a construir um mundo melhor, um país melhor, mesmo a despeito de que tudo conspira contra isso. Mas a esperança não deve morrer em nossos corações!
Juscelino Nery
Enviado por Juscelino Nery em 30/12/2014
Alterado em 30/12/2014


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