Prisma das letras

Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento. Provérbios 3:13

Textos

Acabei de ler uma nota, divulgando que um desembargador  - defensor dos fracos e oprimidos, liberou os supersalários no Senado, ou seja, liberou salários acima do teto estabelecido pela Constituição Federal. Vamos rasgar a Constituição, não é?

Segundo a nota divulgada, o “seo doutor”, justificou sua decisão: “O planejamento econômico-jurídico-financeiro da vida de centenas de pessoas, ativas e inativas, ligadas ao Senado Federal, passou a ser gravemente afetado, negativa e repentinamente, sem nenhuma possibilidade de contraditório, o que, para dizer o mínimo, não é sequer razoável. À justificativa de fazer cumprir o art. 37, XI, da Constituição, a decisão em exame afasta norma administrativa que vem sendo aplicada pela Casa Legislativa desde 2005, reduzindo, por meio de decisão interlocutória, verbas salariais sem oportunizar a ampla defesa e o devido processo legal”.

O planejamento econômico-jurídico-financeiro dos marajás –  ressuscitando o slogan do Collor, passou a ser gravemente afetado?  Parece piada! E como fica o planejamento dos aposentados que ganham uma miséria e precisam comprar remédios caros pra combater suas mazelas?

Mas é assim mesmo. “Doutor” pode decidir o que quiser, até porque se ele errar ou fizer asneira será aposentado com salário de marajá e ficará na mamata à custa do dinheiro do contribuinte. Parece que agora o circo está produzindo artistas em outro cenário, além da ilha da fantasia.

Estamos perdidos. A essa altura, acho que poderíamos formar um quadro societário para abrir uma indústria pra produzir nariz de palhaço.  Suponho que daria lucro à beça, afinal o que não falta é palhaço pra consumir esse produto. Se bem que a tributação da renda vai pro bolso dos artistas. Socorro, “seo doutor”!
Juscelino Nery
Enviado por Juscelino Nery em 10/09/2011
Alterado em 10/09/2011


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