Fiz essa pergunta a mim mesmo hoje. Fui fazer exames médicos de rotina e foi constatada mais uma mazela, entre as que já carrego na minha carcaça.
Ao chegar em casa, passei a refletir sobre os anos de minha vida que já se foram e aqueles que ainda virão. Aliás, quantos ainda virão? Cinco, dez, quinze, vinte? Não sei. O fato é que isso me incomodou por alguns instantes.
Não pelo medo de morrer, mas pelo medo de não realizar alguns projetos meus antes de partir. Seria uma frustração levada para a eternidade.
Vivo um momento novo na minha existência. Não sou rico, mas não posso me queixar da vida. Tenho o suficiente para viver. Bom emprego, bom salário, estabilidade. Mas ultimamente tenho lido, estudado e aprendido que não atingi o máximo de minhas realizações.
Sinto a necessidade de desenvolver meus talentos e habilidades a serviço da humanidade. Preciso contribuir com alguma coisa. E quero fazer isso não mais pensando em dinheiro, fama ou sucesso, mas simplesmente fazer algo que eu ame, sem qualquer alvo financeiro ou material. Quero apenas servir ao mundo, às pessoas, à sociedade.
Talvez outros compartilhem do meu pensamento. E acho que é hora de agir, antes que seja tarde. O tempo passa, voa, e não sabemos quando partiremos desta vida. Velhos projetos engavetados, não seria a hora de ativá-los? Velhos sonhos, não seria a hora de realizá-los?
É para pensar. Concluo com as palavras atribuídas a Salomão no livro de Eclesiastes, capítulo 9, versículo 10: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma".
Juscelino Nery
Enviado por Juscelino Nery em 29/07/2011
Alterado em 29/07/2011