Hoje fui pegar o guri no colégio na hora do almoço. Fiquei observando o comportamento de alguns motoristas. Constatei o “salve-se quem puder, eu sou o dono da rua e o resto que se dane”.
Parece-me que o comportamento no trânsito é uma boa forma de se conhecer alguém. Muitos se transformam ao volante, ou talvez já o sejam como demonstram: folgados, mal educados, intolerantes, egoístas, imprudentes, selvagens.
Observei um carro parando, desceu um cara todo bem vestido, de terno, parecia alguém importante, por assim dizer, enquanto o outro ao volante ficou dentro do carro, parado, no meio da rua, atrapalhando o fluxo de veículos, que precisaram se espremer no espaço para transitar, por conta do folgado.
Talvez o sujeito fosse advogado, juiz, ou coisa parecida. A aparência não era de alguém inculto, mas de pessoa supostamente bem educada e instruída.
Mas como isso não quer dizer educação ou civilidade, decepcionei-me com o comportamento do cara e de seu motorista. Parecia o dono da rua. Parado onde não devia, causando transtorno aos outros que precisavam circular.
O sujeito ficou parado, pouco se importando com as outras pessoas. Se fosse civilizado teria parado o carro num local adequado, pois havia como fazê-lo, não o fez porque não quis, ou melhor, porque a educação não faz parte de seu repertório de vida.
Perdão se sou tão contundente com esse tipo de comportamento, mas uma das coisas que me iram profundamente é a falta de civilidade no trânsito. E nesse caso, principalmente. Na porta de uma escola, onde, no mínimo, deveria haver educação e respeito com as outras pessoas.
Em locais assim transitam outros carros, pessoas, crianças. Exige civilidade. Infelizmente, mais uma vez, e não será a última, meu sangue ferveu ao ver a cena de má educação daquele sujeito.
Quando vejo cenas como essa, dá-me vontade de dirigir-me à pessoa e pedir por favor que corrija sua ação e atente para o prejuízo social que está causando com sua ação, pois ninguém é dono do mundo, as outras pessoas também existem. Mas fico na minha, é querer arranjar confusão com tolos. Não se deve perder tempo com um tolo. Ele continuará tolo porque rejeita o conselho e a sabedoria.
Juscelino Nery
Enviado por Juscelino Nery em 11/07/2011