O que o pai ensinou ao filho ?
Comecei a ler o livro “Pais que mudaram o mundo”, que ganhei da minha filha, como presente de aniversário (ela sabe o quanto gosto de ler). Causou-me surpresa a inclusão na lista o nome de George H. W. Bush.
Se a ideia do autor do livro foi demonstrar os valores passados pelos pais aos filhos, como sendo uma virtude, então, infelizmente, no meu ponto de vista, o autor falhou na sua ideia e boa intenção.
Sim, porque pelo que me consta a guerra do Golfe, com a invasão do Kuwait, foi declarada no governo de Bush – o pai. E a invasão do Iraque, como pretexto de existirem armas poderosas de guerra, foi pura invenção de Bush – o filho.
Então, lamentavelmente, o que posso concluir é que Bush, o paizão, ensinou bem a Bush, o filhão, foi ensinar a fazer guerras.
Outro fato lamentável, no meu ponto de vista, é claro, é o Bush – pai e Bush – o filho, se denominarem cristãos. Francamente, cristãos verdadeiros não promovem guerras, mas sim a paz. Pelo menos foi isso que Jesus Cristo ensinou, ou estou errado?
Nélson Mandela, que nem sei se é cristão, passou quase 30 anos preso, lutando pelo fim do aparthaid, mas nunca ouvi dizer que ele incentivasse os conflitos raciais entre brancos e negros. Pelas circunstâncias, e por ser negro, até poderia naquela situação manifestar-se incitando o ódio e a guerra.
Mas o tal do Bush, o filhinho do Bushão, provavelmente foi um dos piores, senão o pior, presidente que os Estados Unidos tiveram e, quiçá, um dos piores estadistas da história.
Dessa forma, sinceramente, não vi e não entendi a razão para o Sr. Bushão ser considerado um dos pais que mudaram o mundo. Só se mudou pra pior, incitando guerra e ódio e dando péssimo exemplo de cristão, pelo menos de cristão verdadeiro – que é pacífico e não promotor de guerras.
Ah, vale lembrar que a família Bush atuou em negócios especulativos da exploração de petróleo, inclusive fundando uma indústria nesse ramo – informação dada pelo próprio autor do livro. Dá pra entender porque eles fizeram guerras não é?
E tem mais. O Bushinho, na juventude, frequentou uma uinversidade, mas sem muito sucesso, e era conhecido como um festeiro e bebedor inveterado (palavras do livro) – um verdadeiro pinguço, eu diria.
Afinal, esses camaradas contribuíram com o que mesmo pra mudar o mundo?
Com a palavra, o Tio Sam.
Juscelino Nery
Enviado por Juscelino Nery em 06/01/2011
Alterado em 16/02/2011