Não importa o que e o quanto se faça, sempre haverá alguém pronto pra reclamar de alguma coisa.
E isso vem desde o início da humanidade. O povo de Israel, por exemplo, depois de 400 anos de escravidão no Egito, foi liberto do jugo egípcio, presenciou grandes milagres, mesmo assim sempre encontrou algum motivo para reclamar. Moisés, que era manso, um dia não se conteve e esbravejou.
E os técnicos de futebol? São campeões de reclamações. Todo mundo viu o lance que o jogador mereceu ser expulso, menos o técnico.
E numa festa, seja de aniversário, casamento ou qualquer outra, os anfitriões capricham na decoração, escolha do prato a ser servido, entre outras coisas. Quando terminar a festa, ou noutro dia, haverá alguém disposto a fazer um comentário negativo, reclamando do jantar, do atendimento, e por aí vai.
Também qualquer fila de atendimento, por mais que quem atenda faça o melhor de si, sendo diligente, educado, sempre haverá um ser reclamando. Seja da demora no atendimento, seja do tratamento recebido, qualquer coisa será um fator pra reclamação.
E o poder público? Quando retira os moradores de área de risco, a fim de evitar tragédias decorrentes de chuvas? Alguns desses moradores insistem em não sair, mas quando a tempestade vem e os atinge, deixando-os desolados pelas intempéries, pode ter certeza que o poder público terá as costas largas, será alvo certamente de críticas, e muitos reclamarão pelas conseqüências de suas próprias asneiras.
Há pessoas que são habituadas a reclamar por qualquer motivo.
E quando você, no afã de ser útil à sociedade, se dispõe ajudar, colaborar, exercer cidadania? Haverá sempre alguém a reclamar do que deixou de ser feito, ou de como foi feito. Difícil é o murmurador se dispor a fazer alguma coisa senão tão somente reclamar.
John C. Maxwell, num de seus livros, fez a seguinte citação: “Dê ao mundo o melhor de si e chutarão seus dentes”. Isso é o que acontece na sociedade humana.
Dispor-se a fazer é difícil acontecer, mas reclamar do que foi ou não feito, sempre haverá um infeliz a fazê-lo.
Juscelino Nery
Enviado por Juscelino Nery em 01/06/2010