Li a crônica Versões, do Luís Fernando Veríssimo, na qual ele faz uma série de conjecturas sobre algumas possíveis versões de si mesmo, se tivesse tomado algumas decisões na vida, ou se tivesse sido levado a alguma das mais diversas situações na vida.
Olhei pra mim mesmo e reconheci que já vivi, e de vez em quando vivo, questionamentos parecidos. Aliás, acho que não é privilégio meu. Quem nunca especulou a si mesmo se tivesse tomado decisão A, B ou C, qual teria sido o resultado.
Ou que resultado teria se tivesse escolhido a carreira de escritor e não de contador; ou se tivesse casado com a Lídia e não com a Beth; se tivesse escolhido morar em Catanduva e não em Afogados da Ingazeira.
Enfim, a vida não é feita dos “se” porque eles ficaram ou ficarão pra trás, mas bem que eles, às vezes, atenazam nossa paz de vez em quando.
Uma decisão precipitada, errada, e o resultado poderá ser frustrante. A vida, às vezes, mostra-nos vários caminhos a escolher. Uma vez que se decide, escolhe-se, nem sempre é possível desfazer as bobagens, os erros.
É preciso ficar bem ligado, atento, ou um passo em falso será fatal. Uma oportunidade perdida poderá nunca mais voltar, então, babau, já era.
Quando dá pra reverter a situação, pode-se respirar aliviado: Ufa! Foi por pouco! Correu-se um risco. Mas também, o que seria da vida se as aventuras e erros não existissem? A vida não teria graça, e quiçá, nem aprenderíamos nada dela ou com ela.
Bem, pelo menos é o que se espera dos vacilos cometidos: aprender com os erros – nossos e dos outros também. Por que não.
Se bem que existem pessoas que nem os seus próprios erros os fazem repensar a vida. Para esses, não há novos rumos mesmo, pois peferem não aprender as lições da vida e a permanecerem para sempre na escuridão do destino.
A propósito, você já parou pra pensar nos “se” da vida? Não, não enlouqueça! Apenas reflita. Quem sabe ainda existam outros caminhos para mudar o rumo da vida. Eu acredito. Você precisa acreditar!
