Prisma das letras

Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento. Provérbios 3:13

Textos

Atualmente, vejo que há grande confusão sobre o verdadeiro sentido do cristianismo. Engana-se quem pensa que o conceito de cristianismo se confunde com religião ou religiosidade, pois o próprio Jesus Cristo reprovou os religiosos da época Dele.

Os primeiros equivocados com tal conceito são aqueles que conduzem uma comunidade, igreja ou sociedade parecida. Extrapolam limites em nome da religiosidade, do cristianismo. Intitulam-se líderes e manipulam a massa popular sob sua suposta liderança. Estabelecem regras, tolhem a liberdade, em nome de supostos mandamentos e princípios cristãos.

No alto de sua religiosidade intimidam e calam aqueles sedentos de manifestar ideias, pensamentos, opiniões. Usam o artifício da sujeição à autoridade para perpetuarem-se no poder, ditarem normas que nem mesmo eles são capazes de cumprir.

Os que assim procedem afastam a real possibilidade de pessoas conhecerem o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, que não escraviza, mas liberta. O próprio Jesus disse: conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. E ainda: se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

E quantas vezes, nas Escrituras, Jesus manifestou-se contra os religiosos de sua época, contra os opressores do povo. E hoje em dia continuamos presenciando tais religiosos estabelecendo seus dogmas em nome de Jesus Cristo.

Há outros que por não conhecerem o verdadeiro cristianismo consideram-no como religião, e por isso contrapõem-se, escarnecem, blasfemam, zombam, condenam-no, com base nas asneiras que veem daqueles que se dizem cristãos e não são.

Os que pensam assim confundem tudo. Consideram que qualquer religiosidade em nome de Deus é considerada cristianismo. Entendem que qualquer evangélico, católico, carismático é considerado cristão e por essa compreensão recusam-se a conhecer o verdadeiro cristianismo anunciado pelo próprio Jesus.

Ora, Jesus não pregou religiosidade, mas sim anunciou um novo Reino, o Reino de Jesus Cristo. Um reino que não escraviza, mas liberta; um reino de compaixão, misericórdia, perdão, amor. Um reino tardio em condenar, mas rápido em perdoar.

Quando a mulher adúltera foi levada pelos religiosos da época à presença de Jesus para que este a condenasse, Ele simplesmente disse: quem não tem pecado que atire a primeira pedra. Todos saíram. E Jesus, compassivamente disse àquela mulher: ninguém te condenou? Nem eu te condeno, vá e não peques mais.

Os religiosos não fazem assim. São rápidos em julgar e condenar, mas reticentes em tolerar e perdoar. Alguns até condenam eternamente. Aliás, até a sociedade, de um modo geral, faz isso. Não há oportunidade pra quem errou.

Não que isso justifique determinadas atrocidades e o culpado saia ileso sem quaisquer consequências de seus atos cometidos. Uma coisa é pagar ou arcar com as consequências de um erro, outra coisa é ser condenado eternamente pelo que fez.

Jesus dizia sempre: vá e não peques mais. Mas ele nunca condenou ninguém à primeira vista, nem fez desaparecer num passe de mágica as consequências por erros cometidos. Afinal a lei da semeadura é verdadeira: colhe-se o que planta. Quem planta vento colhe tempestade.


Desse modo, vemos que a religião envenena as pessoas, escraviza, paralisa os pensamentos, as ideias, as opiniões. Mas Jesus Cristo anunciou as boas novas de salvação, que a todos é oferecida gratuitamente, sem acusação, mas com compaixão e amor.

Amor que liberta a alma, cura a paralisia mental, destrava as ideias, renova a mente. Uma mente renovada pelo Espírito Santo não precisa de dogmas religiosos para ter uma conduta compatível com os preceitos do verdadeiro cristianismo, pois saberá discernir o real sentido do estilo de vida do Reino de Jesus Cristo.



Juscelino Nery
Enviado por Juscelino Nery em 04/01/2011
Alterado em 17/02/2011


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras
Seguir @juscelinonery
Tweet